terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Em Fevereiro...

Muitas situações difíceis pudemos ver, através da televisão, dos jornais, da internet, etc, neste início de ano.
A natureza responde, severamente, ao que a humanidade vem fazendo com ela. É hora da resposta. É hora do ajuste de contas.
Lamentável, mas, compreensível. Porém, é bem doloroso ver tanta desgraça, tanta necessidade.
2010 veio com a oportunidade do repensar, para todos, indistintamente. O caos não escolheu classe social. Todos fomos atingidos. Por todos os cantos do planeta e, em especial, aqui no Brasil, acompanhamos, desolados, o desenrolar do caos. Pudemos ver cenas cruéis. Realmente, há que se fazer algo. Todos nós. Cada um a sua parte e sem demora. Fazemos ou fazemos. São as opções que a humanidade tem.
Bem...A vida segue...
Sabem? Andaram mexendo no meu queijo.
Mudanças acontecem e temos de nos adaptar a elas.
Preciso correr atrás de outros queijos. E, preciso me adaptar às mudanças.
Falando em mudanças, depois de tantos meses de luta, finalmente estou de malas prontas para mudar de casa, de cidade, de ares...Litoral, aí vou eu! Yu huuuuuuu!
Peço a todos vocês, meus queridos amigos leitores, perdoarem-me pela ausência demorada nos blogues. Voltarei com as visitas, bem rapidinho, assim que as coisas estiverem em ordem.
Espero vê-los, em breve.
Rapidamente tenho ido aos blogues amigos, fazendo as leituras, mas, nem sempre, escrevendo comentários. Prometo atualizar-me.
Desejo a todos muita saúde e prosperidade.
Muita paz! Beijossssssss

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Chegou 2010

Depois de ler tantas mensagens de Natal e de Ano Novo e depois de pensar muito sobre tudo o que li, decidi. Vou ser feliz.
Resolvi gostar mais de mim e me respeitar mais. Sem deixar de ser o que tenho sido, mas, simplesmente, melhorar, aprimorar.
Tenho dito, tantas vezes, que somos diferentes e que temos de respeitar as diferenças. Porém, algumas vezes, me pego em flagrante com pensamentos contraditórios a isto tudo.
Sei o quanto é importante construir a unidade e vejo-me no dever de dar o primeiro passo.
Viver é fácil, mas, conviver é o grande desafio. Então, temos de nos munir de muito altruísmo e buscar a harmonia entre os que convivem conosco para melhorar, ainda mais, enriquecendo o produto final que nossa própria vida.
Devemos estabelecer metas, mas, primeiro tem que se definir o que é realmente bom para nós para que possamos ir ao encontro deste ideal maior que é a felicidade.
Vendo tanta tragédia, nestes primeiros dias de 2010, penso que precisamos de pouco para sermos felizes.
Quase sempre reclamamos do que temos e do que somos. Reclamamos do ambiente de trabalho, aspiramos salários melhores quando muitos só queriam ter um salário mínimo que fosse. Reclamamos da comida, da mesmice nos almoços e nos jantares quando muitos só queriam ter ao menos um pedaço de pão.
Reclamamos de nosso corpo que está magro ou gordo demais, de nossos olhos que não são da cor que desejaríamos, da voz que queríamos fosse mais afinada quando muitos só queriam poder enxergar ou poder falar. Reclamamos do barulho do vizinho ou da rua, exigindo silêncio para lermos, para estudarmos, para ouvirmos nossa canção quando muitos só queriam poder escutar o mínimo ruído que fosse. Reclamamos de subir as escadas ou caminhar muito até o trabalho, até a escola ou para qualquer outro lugar quando muitos só queriam ter pés. Reclamamos de nossos pais que queríamos fossem mais cultos, mais antenados e esclarecidos, ou dos filhos que não nos entendem e nos desobedecem, ou de sogras, genros, cunhados e tantos outros quando muitos só queriam poder ter uma família para abraçar, um lar para voltar...
Somos abençoados por estarmos na Terra e por tudo o que temos. Por podermos enxergar, falar, andar, respirar, trabalhar, ouvir e temos muito para agradecer.
A vida é uma dádiva divina. Cuidemos dela sabiamente.
Eu vou cuidar da minha e vou buscar a felicidade.
Feliz 2010! Feliz vida!
Muita paz!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

De repente é Natal

De repente é Natal. Dezembro.
Natal, para mim, acontece durante o ano todo, sempre que nos confraternizamos, sempre que há amizade, troca de coisas boas...Sempre que acontece solidariedade, fraternidade...Aí, sim é Natal.
Mal deu tempo para tomarmos fôlego por conta das agruras da vida, por conta de tudo o que ocorreu durante o ano, pelo trabalho intenso, pela luta diária para mantermos a casa, a família, o trabalho. Nossa! Que sufoco!
De repente, chega o final do ano.
As pessoas voltam sua atenção para as festas de fim de ano. O Natal é uma data muito significativa na vida das pessoas, dos cristãos.
Aqui, no Brasil, onde há miscigenação intensa de raças, de culturas, de tradições, até os que não são cristãos acabam inserindo a festa de Natal em seus lares, absorvendo a tradição geral de nosso país.
Então é Natal!
Cresce em nós a vontade de dizer isto para aqueles que amamos. Desejar-lhes tudo de bom. Enviar cartões e mensagens. Telefonar ou enviar e-mails com mensagens natalinas. Aumenta a saudade daqueles entes queridos que já retornaram à espiritualidade. Fica uma vontade gigante de ouvir-lhes a voz, de ver seu olhar, de sentir sua pele num longo abraço.
Voltamos o olhar para a realidade para vermos o sorriso nos rostos delicados das crianças e na expressão de vida dos mais idosos.
Sentimos a esperança renascer. Refazemos planos e confiamos que tudo será melhor.
Isto tudo nos alegra e nos dá ânimo novo para continuarmos a viver. Para fazermos do Ano Novo um ano sempre novo, cheio de trabalho e de recompensas. Assim, faremos de cada dia de nossas vidas um Natal especial.
Enfim, a todos os amigos, blogueiros ou não, a todos os que vieram neste humilde espaço virtual, que leram os meus textos, que deixaram seu comentário, aos que expressaram suas opiniões através de e-mails, a todos, enfim, que de uma maneira ou de outra estiveram comigo neste 2009, desejo um Natal alegre, cheio de mansuetude e pacificação e um Ano Novo próspero e feliz.
Muita paz! Beijosssssss

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Meu filho no concurso




Olá, amigos!
Meu filho está participando de um concurso de publicidade. Está concorrendo com seis trabalhos.
O prêmio, R$ 5 mil reais, um verdadeiro estímulo para os jvens publicitários.
Peço a todos, acessarem o site e votarem nos trabalhos dele, por favor.
Para votar é preciso se cadastrar no site http://www.imprimaseuestilo.com.br/ na aba "ainda não tem cadastro?
Você receberá um e-mail de confirmação. Basta acessar o link e fazer o login. Depois, clicar na aba VOTE. Abrirá a página com as obras.
Para votar é só clicar nas 5 estrelas que tem abaixo de cada peça!
Podem votar em quantas obras quiser. Meu filhão tem seis obras e podem votar em todas.
Uh huuuuuu! Ele está como Vicente82, ok?!
Desde já, agradeço imensamente pela força.
Se ele ganhar, faremos um churrasco em comemoração e todos estão convidados, ok?!
Valeu, amigos!
Muita paz a todos. Beijossssssssss

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Relacionamento

Bacana quando se abre oportunidade para curtir bons momentos a dois. Fazer programas interessantes, divertidos, descontraídos e que ambos gostem é muito bom. E, se pintar o clima para o sexo, deixar rolar, claro.
Digo isto porque, outro dia, entre colegas da empresa, surgiu o assunto e uma delas estava bastante chateada com a sua situação conjugal. Dizia ela que precisava aquecer o relacionamento.
Difícil, Sim, porque, para estas coisas, não existem fórmulas mágicas e estas questões costumam incomodar muita gente, em especial quem vive relacionamentos mais longos.
Mas, podemos dar asas à imaginação, porém, entendo que cada pessoa precisa descobrir o caminho e investigar como anda sua própria vida. Quem está ao nosso lado também precisa de tudo isto.
Agenda lotada, compromissos de trabalho, família, cobranças, cansaço acabam deixando o lazer e o prazer cada vez mais reduzidos. Hora de abrir espaço, não é mesmo?!
Vontade de fazer sexo não funciona muito bem com hora marcada e obrigações. Tem que ser assim; tem que ser assado; tem de ser domingo; tem de ser de manhã; tem de ser isso; tem de ser aquilo...Assim não dá!
O encontro sexual envolve muito mais do que a prática do sexo. Principalmente para os mais maduros. Precisamos do “clima”, dentro ou fora da cama. Precisamos de erotismo, sem atitudes que pareçam ridículas. Precisamos de carinho, mas sem a conotação de carência. Precisamos de verdades, sem cobranças, sem mágoas, sem ressentimentos. Precisamos de paz, sem apelar por guerras antigas. Precisamos olhar para a relação como um todo, aparar arestas e sem previsões funestas.
Não podemos exigir do outro o que ele não pode dar, mas, podemos exemplificar para podermos ensinar, sem ferir.
Quanto às fantasias...bem, isso é com cada um, pois cada um sabe o que lhe deixa mais confortável e até onde vai seu limite.
No mais, vamos curtir e nos divertir, com muito amor e paz.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chegamos lá

No início, pareceu-me algo tão distante. Mas, aos poucos, até aceitei a idéia de que tudo poderia se tornar realidade.
Participei porque achei a idéia muito boa. Escrever sobre a razão de participar de um encontro nacional, da grandeza como é o que o Betho está promovendo. Jamais eu poderia imaginar que meu texto pudesse ser escolhido. Mas, foi.
É. Chegamos lá.
Que alegria saber que, em breve, poderei abraçar amigos queridos, olhar em seus olhos, ouvir suas vozes.
Compartilhar momentos de alegria, ver as obras da Beti Timm, comprar o livro da Euza, autografado...uh huuuuuuuu
Quero que todos os amigos blogueiros estejam lá também. A alegria será maior se pudermos multiplicar abraços e inundar São Francisco do Sul com nossa vibração alegre, encher aquela cidade linda com nosso entusiasmo, acordar a todos com nossa canção de amizade e nosso barulho de risada.
O Betho fez o convite e preparou tudo para nos receber. Receber os blogueiros dos quatro cantos do Brasil e de fora dele. E nós, reforçamos este convite.
Participem também. Venham todos.
Todas as coordenadas estão nos site do Betho.
http://bethosides.blogspot.com
Parabéns a Miguel do http://prosaversochammas.blogspot.com pelo primeiro lugar, merecido.
São Francisco do Sul estará ainda mais bonita com todos os blogueiros lá e com a alegria contagiante de todos nós.
Até lá, amigos.
Muita paz! Beijossssssssss

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pessoas Especiais

Dias destes fiquei a pensar sobre as pessoas que, de uma maneira ou de outra, influenciaram em minha vida, tornando-me mais humana, me ajudando a crescer.
Obviamente lembrei de meus pais. A abnegação e carinho com que eles nos educaram, diante de tantas dificuldades enfrentadas por eles.
Fiquei feliz por lembrar, também, de muitas outras pessoas. Meus avós maternos, sempre presentes em nossas vidas, com aconselhamentos e incentivos.
O pensamento percorreu os caminhos de meu passado e pude recordar de meus professores queridos. Especialmente os primeiros. A primeira professora, que me ensinou a escrever e a ler. Eu era muito tímida e ela me incentivava e me direcionava para que eu pudesse ler em voz alta e não me intimidar diante dos colegas.
Outros mestres foram importantes. Como verdadeiros déspotas, no meu entendimento infantil, fizeram eu enxergar a vida de uma maneira diferente, indicando-me que a vida é entremeada de coisas boas e ruins.
Meu mestre que vibrava com minhas redações e elogiava minha caligrafia bonita. Ele primeiro e, depois, outra professora de português dos tempos de colégio, me influenciaram muito a escrever. Eram minha torcida uniformizada. Vibravam com minhas redações e meus trabalhos escolares.
Minha timidez desaparecia quando meus instrumentos eram a caneta e o papel. Minha voz falava alto, através de meus textos. Estes me proporcionaram algumas premiações e diplomas.
Apesar de ter seguido outros caminhos, todos os meus mestres me ensinaram muito...Desde as matérias elementares até a matemática da vida, onde somar, multiplicar, subtrair e dividir, na medida certa, sempre nos dão o melhor.
Quando sabemos aproveitar todas as lições que a vida nos oferta, podemos recolher excelentes resultados.
Lembrei-me, também, dos amigos que passaram por minha vida. Muitos deles me fizeram igualmente crescer, pela troca de experiências, pelos conselhos, pelas verdades expostas, pelas mãos estendidas e pelo coração aberto.
Amigas muito amadas ainda estão me ajudando nesta caminhada, com sua presença maravilhosa e indispensável.
Entre as pessoas que fui recordando, lembrei-me de irmãos. Sempre tem aquele que é especial. Minha irmã caçula, hoje, é minha melhor amiga. Juntas, tivemos muitos aprendizados.
Com meus filhos foram aprendizados especiais. Tornei-me verdadeiramente humana ao lado deles...Além de mãe fui e sou eterna aprendiz, pois, com eles, tem continuidade...Sempre!
Que alegria saber que minha lista é grande. Já no outono da vida, ainda posso aprender com as crianças. As netas que já são presentes e que muito me ensinam. De professora passo a aluna. É a conseqüência da vida.
Ainda tenho muitas lições a assimilar. Tem alguém especial dividindo comigo o presente para, juntos, construirmos o futuro.
Quanto mais amadurecemos, mais responsáveis ficamos e mais lições teremos de aprender. O aprendizado é constante e, como disse Einstein “a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Concluo que todos foram especiais, fazendo-me especial, pelo muito que aprendi e por tudo quanto ainda terei de aprender.
Essa é minha proposta e quero alcançar este alvo.

Muita paz!


terça-feira, 13 de outubro de 2009

"causos" de fogueira



Que barulho é este? Veio daquele lado. Perguntando e respondendo, ao mesmo tempo.
Todos olharam na mesma direção, olhos arregalados e enigmáticos. O medo pairado no ar.
Tem bambuzal logo ali, portanto, tem saci. Foi ele quem fez o barulho. Peralta demais e disposto a promover uma bagunça daquelas. Foi o saci.
Todos se juntaram ainda mais, protegendo-se mutuamente. A conversa ia solta, ao redor da imensa fogueira no enorme quintal da casa de nossa bisa, a Vovó Ana, no interior de São Paulo. Nas noites frias e com céu estrelado daquele Julho longínquo, depois do banho tomado e ainda sentindo o sabor delicioso do jantar preparado no fogão a lenha, sentávamos ao redor da fogueira para ouvirmos os “causos” engraçados e os relatos fantasmagóricos de todos os participantes. Cada um tinha uma história pra contar e, cada uma delas, era mais aterrorizante que a outra.
Por mais que teimávamos em cantar as canções da época e as mais antigas, a conversa sempre convergia para o sobrenatural.
O vento colaborava fazendo farfalhar as folhas e galhos das árvores, provocando arrepios variados, de frio e de medo. O trepidar das chamas da fogueira fazia imaginarmos um sem números de imagens, exageradas pela nossa imaginação.
À noite a história é sempre diferente.
Novo barulho e mais forte fez alguns de nós gritar junto com muitas gargalhadas dos mais velhos. Eles adoravam assustar a criançada e as primas, vindas da cidade grande, acostumadas com outros estereótipos de monstros e fantasmas.
Os meninos mais velhos faziam questão de cenografar a história e, previamente, até colocavam manchas de sangue feitas com os famosos molhos de tomate e o caldo da beterraba. Sempre depois de nós que já estávamos sentados ao redor da fogueira, se aproximavam aos gritos, mostrando o falso ferimento, dizendo terem sido atacados pelo lobisomem ou pelo Zé bicudo do velho casarão da estradinha.
Depois de serem socorridos e fartos de verem nossa cara assustada com lágrimas de dó e medo, eles caiam na risada sem o menor escrúpulo. É certo que também levavam uns bons petelecos da bisa, mas, nada era capaz de tiravar-lhes o prazer de ver a cara de todos.
Quando as chamas da fogueira já se recolhiam ao descanso, deixando brasas maravilhosas e convidativas para assar batatas, Vovó Ana nos alertava que já era hora de dormir. Fazia-nos tomar outro banho para tirar o cheiro da fumaça e mangava dos pequenos para não fazerem xixi na cama.
Sinto saudade daqueles velhos tempos de férias escolares quando podíamos passar o mês todo em casa de cada uma das tias que moravam no interior.
Velhos tempos, belos dias.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Porque para mim é importante participar do 1º Encontro Nacional de Blogueiros

Ouvia ruídos...Eram risadas e restos de conversa. Tentei aguçar a audição para perceber melhor. Segui em direção àquele som. Entrei por aquela porta que se abria diante de mim, como se fosse a única opção.
- Olá! Gritei, em alto e bom som. Tem alguém aí?
Não houve resposta. Apenas o som, ao longe, de risos animados.
Algo me convidava a seguir por aqueles corredores imensos, com alguns trechos iluminados e outros obscuros. Havia, também, muitas portas. E eu tinha vontade de abri-las todas. Porém, eu não poderia parar ali por muito tempo. Eu tinha que descobrir de onde vinha aquele som e quem eram aquelas pessoas que conversavam tão animadamente e estavam tão felizes.
Assim, prossegui naquele caminho, batendo levemente em todas as portas e dizendo olá. De cada uma delas eu recebia um oi, em resposta ao meu. Mas, eu não via seus rostos. Estes ainda eram enigmas para mim.
Num determinado momento, uma grande porta se abriu diante de mim e um clarão muito forte contraiu minha retina. Quando, num esforço gigante para identificar o que estava em minha frente, acordei com a fresta de sol que entrava por minha janela, vencendo as cortinas.
Havia acordado de um sonho que, a meu ver, era premonitório. Eu havia lido, na noite anterior, sobre o 1º Encontro Nacional de Blogueiros, em São Francisco do Sul – SC que irá acontecer em Dezembro próximo e compreendi que seria interessante participar para conhecer estes amigos, virtuais e queridos. Associei aquele corredor imenso do sonho com os corredores internáuticos do mundo blogueiro, repleto de portas que imaginei fossem os blogs incontáveis que temos a chance de visitar e que, nem sempre, visitamos.
Em quantos deles apenas passamos rapidamente o olhar e enviamos nosso “olá” e quantas vezes só recebemos, igualmente, o “oi” em resposta?
Inúmeros blogs são nossos favoritos, os quais visitamos semanalmente e são incontáveis, também, as histórias, contos, narrações, crônicas, poesias, poemas com os quais nos identificamos e interagimos, através dos comentários que são imprescindíveis neste contexto.
Penso que, por tudo isto e muito mais, será importante participar deste encontro, transformando este meu sonho em realidade e estreitando, ainda mais, os encantadores laços de amizade, iniciados nos blogs, vendo estes rostos e ouvindo suas vozes. Trocando abraços e conversando muito.
Esta é a chance. Quero abraçá-la.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ET existe?

Era Novembro de 1984, fim de tarde, Rodovia Anchieta, indo de São Bernardo do Campo para São Paulo, viagem de 20 ou 30 minutos. De repente, o motor parou de funcionar. Parei no acostamento da rodovia. Insisti em nova partida de motor. Nada. Fiquei apreensiva, afinal, tinha aos meus cuidados duas senhoras idosas, uma pessoa com necessidades especiais e duas crianças. Minha avó, sua filha altista, a irmã de minha avó, igualmente idosa e meus dois filhos pequenos.
Várias tentativas para fazer o carro funcionar e todas frustradas.
Naquela ocasião não dispúnhamos de telefone celular que só surgiu no Brasil em 1990. O jeito foi caminhar até um dos telefones SOS, espalhados pela rodovia e torcer para que estivessem funcionando.
Deixei meus tutelados fechados no carro com inúmeras recomendações às crianças e às idosas e lá fui eu. Alcanço um telefone e comunico a pane. Sem experiência neste problema, fui respondendo às perguntas do atendente da DERSA, concessionária que administrava a Anchieta na época. Ele chegou à conclusão que poderia ser falta de combustível e que, para este problema, ele não poderia enviar o socorro, só podendo ligar para algum contato que eu deveria indicar. Por mais que eu dissesse que havia abastecido o veículo naquela tarde e que não seria falta de combustível, negaram-me ajuda. Passei o número de telefone para o qual ele avisaria e desliguei, já meio desesperada. Volto até o veículo e comunico para minha avó o ocorrido e saio em busca de combustível. Caminhei muito até encontrar um auto posto e comprei o combustível para ser colocado no automóvel, somente para acalmar a consciência. Obviamente o problema não era falta de gasolina e, mesmo com insistência na partida, o motor não funcionou. Tentei empurrar o carro para fazê-lo “pegar no tranco”, mas, sem sucesso. Enquanto eu tentava de tudo, os pseudos atletas que fazem corridas à margem da rodovia, passavam de largo, esquivando-se e ninguém pode nos ajudar efetivamente.
Já anoitecia e as crianças reclamavam de fome, as senhoras idosas queriam utilizar o banheiro e meu desespero crescia ao ver-me impotente diante daquela situação.
Fiz vários sinais, pedindo ajuda para os outros carros que passavam em alta velocidade e não paravam. Até ajoelhei e, mesmo assim, ninguém parou para ajudar.
Eu decidi voltar ao telefone SOS e relatar sobre o problema que persistia. Novas recomendações para todos ficarem fechados no carro, em segurança, pois logo eu voltaria. Todos estávamos expostos ao perigo ali.
Saio em direção ao telefone que estava funcionando, que ficava a dois km dali, aproximadamente, rezando e já chorando. Nos primeiros metros de caminhada, percebo que vem em minha direção um homem caminhando lentamente. Vestia um sobretudo preto e também usava chapéu, igualmente preto. Tinha as mãos nos bolsos. Passei por ele rezando para todos os santos que eu consegui me lembrar e segui. Porém, lembrei-me dos meus lá no carro e o homem seguia naquela direção. Voltei imediatamente, a passos largos, coração aos pulos e respiração ofegante. Temia por assalto e por inúmeras outras crueldades que alguém poderia cometer contra pessoas tão indefesas e vulneráveis feitos nós, ali naquele local. Vi que o homem passou ao lado do carro e seguiu, Consegui alcançar o carro e entrei fechando tudo. Olho pelo espelho retrovisor e vejo o homem voltando.
Nossa. Como senti medo naquela hora. Mas, nada mais poderíamos fazer. O homem se aproximou de minha janela e perguntou o que estava havendo. Desci meio vidro e contei. Ele me disse que eu não poderia ficar parada ali, pois que de madrugada passaria um comboio de caminhões, vindos do litoral sul em direção a São Paulo levando equipamentos poderosos para uma grande indústria. Ele estava monitorando as condições da rodovia e informava à companhia de hora em hora. Contei sobre todas as tentativas para o carro funcionar e, também, sobre ninguém parar para nos ajudar e que estava aguardando o marido vir em nossa ajuda. Foi quando ele disse que me ajudaria. Animada, desci do carro. Tentei chegar mais perto do homem e ele se afastava. Somente disse para eu continuar dentro do carro que ele buscaria ajuda. Vi que ele foi depressa para a pista marginal e, praticamente, se atirou sobre uma caminhonete da DERSA que parou rapidamente, atravessou o canteiro e veio até nós. Expliquei o que havia acontecido e o condutor deu uma carga de bateria, mas, nada adiantou. Examinou mais atentamente e verificou que havia quebrado a correia dentada. Pediu-me calma e paciência, pois ele solicitaria, via rádio, um guincho para nos rebocar. Aliviada voltei-me para agradecer ao homem de preto pela ajuda, mas, cadê? Ele havia desaparecido. Tratei de acalmar meu tutelados e aguardamos a chegada do guincho. Meu filhinho dormiu recostado no ombro da irmãzinha e nem viu quando o socorro veio nos rebocar. Fomos levados até o posto da DERSA mais próximo de SP onde havia pátio para guardar o carro. No interior da unidade também tinha sanitários para alívio das senhoras e, também, água fresca para todos nós. Eu tratei de ligar para o marido que já estava vindo ao nosso encontro com o outro carro para nos buscar. Enquanto eu esperava, fiquei conversando com o policial rodoviário que fazia plantão no local e contei sobre o ocorrido e comentei sobre a ajuda do monitor de rodovia e sobre o comboio. O policial me informou que não estava programado nenhum comboio vindo do litoral e que não tinha nenhum monitor ao longo da estrada. Descrevi o rapaz e o policial alegou jamais ter visto alguém nestas características circulando pela rodovia. Admirada, exclamei que foi ele quem buscou ajuda parando a caminhonete da DERSA, mas o policial retrucou dizendo que o funcionário da DERSA parou por ter visto meu carro no acostamento. Perguntou-me se eu tinha certeza daquilo, fazendo uma cara de dúvida sobre minha sanidade mental. Odiei isso.
Já passava das 22 horas quando meu marido chegou e nos levou para casa de minha avó, todos sãos e salvos. Só no dia seguinte tivemos condições de buscar o carro quebrado, junto com um mecânico de nossa confiança.
Por muito tempo fiquei pensando sobre o anjo de preto que nos ajudou e chego à conclusão que poderia ter sido um ET bondoso e disposto a ajudar.