sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Até breve, minha mãe!





Virginia Siquelli de Assis
(20.03.1929 - 09.10.2011
)

Por que será que as mães são essas criaturas tão especiais? Talvez porque elas tenham características muito especiais.
Eu poderia ficar horas e horas falando sobre todas as qualidades das mães, sobre sua capacidade de renúncia e sobre o amor incondicional que elas têm por seus filhos. Mas, não vou.
Quero falar, apenas, sobre a saudade que os filhos sentem de suas mães... Mesmo quando elas estão presentes, mas, acima de tudo, quando elas estão ausentes... Quando já tiveram de voltar à Pátria Celeste, através da desencarnação... Quando elas deixam esta dor em nosso peito, pela saudade crescente, pela vontade de ouvir sua voz, de olhar seu rosto, de sentir sua presença, o calor de seu abraço, a proteção de suas mãos...
Vêm na mente, as cenas da infância... De nossa casa simples, na Rua Umuarama; das brincadeiras de criança; das festas de família; do cheiro das comidas; das broncas; dos castigos; dos lençóis; dos perigos; dos socorros; da voz; do ralhar; das canções; da primeira menstruação; dos bailinhos; dos namorados escondidos e aceitos com sua benção...
Onde foi parar o mundo do faz de conta, os castelos dourados, as fadas?
Eu cresci e não houve outro jeito...
Senti tanto sua falta, mãe... Queria você mais presente em minha vida. Mas, talvez, exigi demais.
Hoje entendo que não podemos exigir além do que as pessoas podem oferecer... E também entendo que era o que você podia oferecer... Era o tamanho de seu amor e o seu jeito de dizer e demonstrar.
Também entendo, hoje, que para o coração e para a alma compreenderem, não precisa dizer nada... A linguagem é outra.
Entendi que você também era especial, do seu jeito. Jeito seu de mostrar sua força, para cumprir sua missão de ser mãe.
É. Chegou o momento de você voltar lá pra mais perto de Deus.
Elevo minha prece, para que Jesus a receba, minha mãe, com as mais belas flores dos jardins celestiais e que lhe dê forças para prosseguir no trabalho que ainda está por vir.
Que você tenha um despertar bem tranquilo e serenidade para compreender os dois lados da vida.
Sou-lhe grata, minha mãe, pela oportunidade da vida. Um dia você me recebeu em seu seio e me deu a luz da vida... Sou eternamente agradecida.
Fique em paz, Mãe! Até breve.
Eu te amo. Muita paz!

4 comentários:

Ceci disse...

"Sou-lhe grata, minha mãe, pela oportunidade da vida. Um dia você me recebeu em seu seio e me deu a luz da vida... Sou eternamente agradecida."
Destaco este trecho, para lhe dizer que também digo o mesmo para minha mãe e meu pai!
Obrigada pelo texto generoso.

Dilberto L. Rosa disse...

Emocionaste-me mais uma vez com tua maturidade em forma de carinhosa homenagem a este ser que já nasce santo em nossas vidas: a mãe... A tua, onde quer que esteja, sentiu tua presença através deste tão belo afeto: parabéns! Que Deus a tenha...

Uma pena as duas últimas postagens serem mensagens póstumas a entes queridos... Que a tua vida siga embalada pelo bom ritmo do que teus pais te ensinaram dos valores da vida e do amor! Um abração!

Dilberto L. Rosa disse...

Saudade de você, Soninha: esperando que esteja bem em família... Volte logo a postar! Abração!

Anônimo disse...

Vc me fez chorar, essa hora da madrugada, qdo meu peito tá apertadinho de tanta saudade da minha mãe... Linda homenagem, amiga! que elas estejam em paz, a sua, a minha e todas as mães que já partiram, elas merecem um lugar muito especial. Bjos!
Rosangela (Ro)