segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chegamos lá

No início, pareceu-me algo tão distante. Mas, aos poucos, até aceitei a idéia de que tudo poderia se tornar realidade.
Participei porque achei a idéia muito boa. Escrever sobre a razão de participar de um encontro nacional, da grandeza como é o que o Betho está promovendo. Jamais eu poderia imaginar que meu texto pudesse ser escolhido. Mas, foi.
É. Chegamos lá.
Que alegria saber que, em breve, poderei abraçar amigos queridos, olhar em seus olhos, ouvir suas vozes.
Compartilhar momentos de alegria, ver as obras da Beti Timm, comprar o livro da Euza, autografado...uh huuuuuuuu
Quero que todos os amigos blogueiros estejam lá também. A alegria será maior se pudermos multiplicar abraços e inundar São Francisco do Sul com nossa vibração alegre, encher aquela cidade linda com nosso entusiasmo, acordar a todos com nossa canção de amizade e nosso barulho de risada.
O Betho fez o convite e preparou tudo para nos receber. Receber os blogueiros dos quatro cantos do Brasil e de fora dele. E nós, reforçamos este convite.
Participem também. Venham todos.
Todas as coordenadas estão nos site do Betho.
http://bethosides.blogspot.com
Parabéns a Miguel do http://prosaversochammas.blogspot.com pelo primeiro lugar, merecido.
São Francisco do Sul estará ainda mais bonita com todos os blogueiros lá e com a alegria contagiante de todos nós.
Até lá, amigos.
Muita paz! Beijossssssssss

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pessoas Especiais

Dias destes fiquei a pensar sobre as pessoas que, de uma maneira ou de outra, influenciaram em minha vida, tornando-me mais humana, me ajudando a crescer.
Obviamente lembrei de meus pais. A abnegação e carinho com que eles nos educaram, diante de tantas dificuldades enfrentadas por eles.
Fiquei feliz por lembrar, também, de muitas outras pessoas. Meus avós maternos, sempre presentes em nossas vidas, com aconselhamentos e incentivos.
O pensamento percorreu os caminhos de meu passado e pude recordar de meus professores queridos. Especialmente os primeiros. A primeira professora, que me ensinou a escrever e a ler. Eu era muito tímida e ela me incentivava e me direcionava para que eu pudesse ler em voz alta e não me intimidar diante dos colegas.
Outros mestres foram importantes. Como verdadeiros déspotas, no meu entendimento infantil, fizeram eu enxergar a vida de uma maneira diferente, indicando-me que a vida é entremeada de coisas boas e ruins.
Meu mestre que vibrava com minhas redações e elogiava minha caligrafia bonita. Ele primeiro e, depois, outra professora de português dos tempos de colégio, me influenciaram muito a escrever. Eram minha torcida uniformizada. Vibravam com minhas redações e meus trabalhos escolares.
Minha timidez desaparecia quando meus instrumentos eram a caneta e o papel. Minha voz falava alto, através de meus textos. Estes me proporcionaram algumas premiações e diplomas.
Apesar de ter seguido outros caminhos, todos os meus mestres me ensinaram muito...Desde as matérias elementares até a matemática da vida, onde somar, multiplicar, subtrair e dividir, na medida certa, sempre nos dão o melhor.
Quando sabemos aproveitar todas as lições que a vida nos oferta, podemos recolher excelentes resultados.
Lembrei-me, também, dos amigos que passaram por minha vida. Muitos deles me fizeram igualmente crescer, pela troca de experiências, pelos conselhos, pelas verdades expostas, pelas mãos estendidas e pelo coração aberto.
Amigas muito amadas ainda estão me ajudando nesta caminhada, com sua presença maravilhosa e indispensável.
Entre as pessoas que fui recordando, lembrei-me de irmãos. Sempre tem aquele que é especial. Minha irmã caçula, hoje, é minha melhor amiga. Juntas, tivemos muitos aprendizados.
Com meus filhos foram aprendizados especiais. Tornei-me verdadeiramente humana ao lado deles...Além de mãe fui e sou eterna aprendiz, pois, com eles, tem continuidade...Sempre!
Que alegria saber que minha lista é grande. Já no outono da vida, ainda posso aprender com as crianças. As netas que já são presentes e que muito me ensinam. De professora passo a aluna. É a conseqüência da vida.
Ainda tenho muitas lições a assimilar. Tem alguém especial dividindo comigo o presente para, juntos, construirmos o futuro.
Quanto mais amadurecemos, mais responsáveis ficamos e mais lições teremos de aprender. O aprendizado é constante e, como disse Einstein “a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Concluo que todos foram especiais, fazendo-me especial, pelo muito que aprendi e por tudo quanto ainda terei de aprender.
Essa é minha proposta e quero alcançar este alvo.

Muita paz!


terça-feira, 13 de outubro de 2009

"causos" de fogueira



Que barulho é este? Veio daquele lado. Perguntando e respondendo, ao mesmo tempo.
Todos olharam na mesma direção, olhos arregalados e enigmáticos. O medo pairado no ar.
Tem bambuzal logo ali, portanto, tem saci. Foi ele quem fez o barulho. Peralta demais e disposto a promover uma bagunça daquelas. Foi o saci.
Todos se juntaram ainda mais, protegendo-se mutuamente. A conversa ia solta, ao redor da imensa fogueira no enorme quintal da casa de nossa bisa, a Vovó Ana, no interior de São Paulo. Nas noites frias e com céu estrelado daquele Julho longínquo, depois do banho tomado e ainda sentindo o sabor delicioso do jantar preparado no fogão a lenha, sentávamos ao redor da fogueira para ouvirmos os “causos” engraçados e os relatos fantasmagóricos de todos os participantes. Cada um tinha uma história pra contar e, cada uma delas, era mais aterrorizante que a outra.
Por mais que teimávamos em cantar as canções da época e as mais antigas, a conversa sempre convergia para o sobrenatural.
O vento colaborava fazendo farfalhar as folhas e galhos das árvores, provocando arrepios variados, de frio e de medo. O trepidar das chamas da fogueira fazia imaginarmos um sem números de imagens, exageradas pela nossa imaginação.
À noite a história é sempre diferente.
Novo barulho e mais forte fez alguns de nós gritar junto com muitas gargalhadas dos mais velhos. Eles adoravam assustar a criançada e as primas, vindas da cidade grande, acostumadas com outros estereótipos de monstros e fantasmas.
Os meninos mais velhos faziam questão de cenografar a história e, previamente, até colocavam manchas de sangue feitas com os famosos molhos de tomate e o caldo da beterraba. Sempre depois de nós que já estávamos sentados ao redor da fogueira, se aproximavam aos gritos, mostrando o falso ferimento, dizendo terem sido atacados pelo lobisomem ou pelo Zé bicudo do velho casarão da estradinha.
Depois de serem socorridos e fartos de verem nossa cara assustada com lágrimas de dó e medo, eles caiam na risada sem o menor escrúpulo. É certo que também levavam uns bons petelecos da bisa, mas, nada era capaz de tiravar-lhes o prazer de ver a cara de todos.
Quando as chamas da fogueira já se recolhiam ao descanso, deixando brasas maravilhosas e convidativas para assar batatas, Vovó Ana nos alertava que já era hora de dormir. Fazia-nos tomar outro banho para tirar o cheiro da fumaça e mangava dos pequenos para não fazerem xixi na cama.
Sinto saudade daqueles velhos tempos de férias escolares quando podíamos passar o mês todo em casa de cada uma das tias que moravam no interior.
Velhos tempos, belos dias.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Porque para mim é importante participar do 1º Encontro Nacional de Blogueiros

Ouvia ruídos...Eram risadas e restos de conversa. Tentei aguçar a audição para perceber melhor. Segui em direção àquele som. Entrei por aquela porta que se abria diante de mim, como se fosse a única opção.
- Olá! Gritei, em alto e bom som. Tem alguém aí?
Não houve resposta. Apenas o som, ao longe, de risos animados.
Algo me convidava a seguir por aqueles corredores imensos, com alguns trechos iluminados e outros obscuros. Havia, também, muitas portas. E eu tinha vontade de abri-las todas. Porém, eu não poderia parar ali por muito tempo. Eu tinha que descobrir de onde vinha aquele som e quem eram aquelas pessoas que conversavam tão animadamente e estavam tão felizes.
Assim, prossegui naquele caminho, batendo levemente em todas as portas e dizendo olá. De cada uma delas eu recebia um oi, em resposta ao meu. Mas, eu não via seus rostos. Estes ainda eram enigmas para mim.
Num determinado momento, uma grande porta se abriu diante de mim e um clarão muito forte contraiu minha retina. Quando, num esforço gigante para identificar o que estava em minha frente, acordei com a fresta de sol que entrava por minha janela, vencendo as cortinas.
Havia acordado de um sonho que, a meu ver, era premonitório. Eu havia lido, na noite anterior, sobre o 1º Encontro Nacional de Blogueiros, em São Francisco do Sul – SC que irá acontecer em Dezembro próximo e compreendi que seria interessante participar para conhecer estes amigos, virtuais e queridos. Associei aquele corredor imenso do sonho com os corredores internáuticos do mundo blogueiro, repleto de portas que imaginei fossem os blogs incontáveis que temos a chance de visitar e que, nem sempre, visitamos.
Em quantos deles apenas passamos rapidamente o olhar e enviamos nosso “olá” e quantas vezes só recebemos, igualmente, o “oi” em resposta?
Inúmeros blogs são nossos favoritos, os quais visitamos semanalmente e são incontáveis, também, as histórias, contos, narrações, crônicas, poesias, poemas com os quais nos identificamos e interagimos, através dos comentários que são imprescindíveis neste contexto.
Penso que, por tudo isto e muito mais, será importante participar deste encontro, transformando este meu sonho em realidade e estreitando, ainda mais, os encantadores laços de amizade, iniciados nos blogs, vendo estes rostos e ouvindo suas vozes. Trocando abraços e conversando muito.
Esta é a chance. Quero abraçá-la.